Entenda o que é coronavírus. Acompanhe a evolução da COVID-19
Desde o final de 2019 o mundo acompanha com apreensão a epidemia de um novo tipo de coronavírus, causador da COVID-19. Nessa publicação vamos entender melhor sobre esse vírus, sua origem, sintomas, consequências e prevenção.
No final de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, foi relatado pela primeira vez um caso do novo coronavírus. Desde então todos vem acompanhando de forma apreensiva a proliferação do vírus que está se espalhando rapidamente, já atingindo todos os continentes. Nessa publicação você vai entender o que é coronavírus.
Muitas dúvidas
Diante do cenário atual, é normal que surjam vários questionamentos: como tudo isso começou? Quais são os sintomas? O quão grave é a doença? De que formas se dá a transmissão? Tem tratamento? Como podemos nos prevenir? O quanto devemos nos preocupar?
Todos os questionamentos e dúvidas são legítimos e é importante acompanharmos para entendermos o que está acontecendo.
Apesar das notícias alarmantes não existe razão para pânico. Confira nessa publicação as respostas para as principais perguntas.
O que é coronavírus?
O coronavírus é uma família de vírus e não é a primeira vez que eles aparecem. Essa família de vírus que foi descoberta na década de 1960, pode causar doenças em animais e humanos. Em casos raros, eles são o que os cientistas chamam de zoonóticos, o que significa que podem ser transmitidos de animais para seres humanos, o que parece ter sido o caso do novo vírus identificado em Wuhan.
Em humanos, na grande maioria dos casos, causam doenças relacionadas ao aparelho respiratório, podendo variar de um simples resfriado a doenças mais graves, como nos casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) – 2002, e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) – 2012, os casos de coronavírus mais recentes relatados anteriormente.
Em 11 de fevereiro de 2020, a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou um nome oficial para a epidemia que está sendo causada pelo novo vírus de coronavírus, identificado pela primeira vez no final de 2019 em Wuhan, na China. O nome é “Doença de coronavírus 2019”, abreviado como COVID-19.
No termo COVID-19, “CO” significa “corona”, ‘VI” para “vírus” e “D” para “disease” (“doença” em inglês), e “19” o ano do primeiro registro.
No início de março, o novo coronavírus causador da doença batizada de COVID-19, teve seu nome definido como Sars-Cov-2.
Qual é a origem do coronavírus da COVID-19?
Apesar de algumas teorias da conspiração tentarem imputar a origem do vírus a um laboratório em Wuhan, na China, que faz pesquisa com morcegos, a comunidade científica se posicionou afirmando que o novo vírus teve origem na vida selvagem, assim como tantos outros vírus identificados em seres humanos nos últimos tempos.
No caso do vírus da COVID-19, supõe-se que tenha se originado em um mercado de frutos do mar em Wuhan, onde animais selvagens eram vendidos ilegalmente.
A grande maioria dos primeiros casos relatados foi em pessoas que frequentaram o mercado. Os cientistas apontaram morcegos ou cobras como a possível fonte.
Quais são os sintomas da doença?
A COVID-19, causada pelo novo coronavírus, afeta o trato respiratório superior, geralmente de forma leve a moderada, semelhante a um resfriado simples. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, coriza, dor de garganta, cansaço, e possivelmente dor de cabeça. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente, podendo durar alguns dias.
Os idosos, crianças pequenas e pessoas doentes ou com o sistema imunológico enfraquecido, estão mais suscetíveis a um agravamento da doença, afetando o trato respiratório inferior, podendo evoluir para pneumonia ou bronquite.
É grave?
Algumas pessoas que são infectadas não desenvolvem sintomas e não se sentem mal. A maioria (cerca de 80%) se recupera sem precisar de tratamento médico hospitalar.
A taxa de letalidade mundial, ou seja, de pessoas infectadas que morreram devido a complicações da doença, com base nos números oficiais divulgados pela OMS até a tarde de 28/01/2021, está em 2,16%. (confira os números oficiais atualizados mais abaixo). Essa taxa segue em queda com o passar do tempo.
Acredita-se que o novo coronavírus seja mais leve do que na SARS e MERS (síndromes mais graves de coronavírus registradas anteriormente conforme vimos acima).
De que formas se dá a transmissão?
O novo vírus Sars-Cov-2 é transmitido a partir de pessoas infectadas, principalmente por meio de pequenas gotículas do nariz ou da boca que se espalham ao serem exaladas por tosse, espirro ou pela fala. Essas gotículas se acomodam em objetos e superfícies de uso comum, como maçanetas, torneiras, corrimãos, talheres, mesas, teclados de computador, equipamentos de ginástica, smartphones, entre outros. A infecção se dá ao se tocar objetos ou superfícies contaminados, e depois tocar os olhos, nariz ou boca.
Apesar dos estudos até o momento apontarem que a contaminação se dá principalmente pelas gotículas exaladas depositadas em algum objeto ou superfície, as pessoas também podem se infectar com o Sars-Cov-2 se respirarem gotículas contaminadas que estejam suspensas no ar. Na dúvida é importante usar máscara e ficar a mais de 1 metro de distância de uma pessoa que está doente.
Conforme a OMS, o risco de contrair COVID-19 de alguém sem sintomas é muito baixo. De qualquer forma, como vimos acima, muitas pessoas contaminadas podem apresentar sintomas leves ou mesmo não apresentar sintomas, ou seja, existe a possibilidade de contrair o vírus de alguém que tenha apenas uma tosse leve ou não se sinta mal.
A OMS mantém pesquisas em andamento para entender melhor como é o período de transmissão do Sars-Cov-2.
Vacina
Em menos de 12 meses após o início da pandemia de COVID-19, várias equipes de pesquisa enfrentaram o desafio e desenvolveram vacinas que foram aprovadas contra o SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19.
Agora, o desafio é disponibilizar essas vacinas para pessoas em todo o mundo. Será fundamental que as pessoas em todos os países – não apenas nos países ricos – recebam a proteção necessária.
Esforço global para impedir a Covid
A vacina Pfizer-BioNTech foi liberada para uso na América do Norte, Europa e Oriente Médio, e as campanhas de vacinação já começaram em pelo menos 59 países. Essa vacina e a da Moderna reduziram as infecções por coronavírus em 95% em testes com dezenas de milhares de voluntários. Uma vacina da AstraZeneca Plc e da University of Oxford obteve sua primeira autorização importante, pelo Reino Unido, em 30 de dezembro.
Outros países deram início à vacinação. China e Rússia autorizaram campanhas próprias em julho e agosto, antes das vacinas serem totalmente testadas. Desde então, os países administraram milhões de doses, embora forneçam atualizações menos frequentes sobre seu progresso.
Com o início da campanha global de vacinação, os países experimentaram um acesso desigual às vacinas e vários graus de eficiência da aplicação nas pessoas. A taxa de inoculação de Israel supera os esforços de outras nações, com 47,1 doses administradas para cada 100 pessoas. Até a atualização desse artigo a maioria dos países ainda não tinham começado suas campanhas de vacinação.
Distribuir bilhões de vacinas para impedir a disseminação da Covid-19 em todo o mundo será um dos maiores desafios logísticos já enfrentados na história da humanidade.
Vacinação no Brasil
A vacinação contra a covid-19 no Brasil ainda esbarra na pequena quantidade de doses. Até a data dessa atualização, o País contava com 12,8 milhões de porções. Considerando que são necessárias duas aplicações, o montante permite imunizar 6,4 milhões de pessoas. Isso significa cerca de 8% do primeiro grupo considerado prioritário pelo governo federal, que conta com 77,2 milhões de pessoas.
Para atingir o chamado efeito rebanho (que a proteção coletiva da vacina impede a circulação ampla do vírus), especialistas acreditam que é necessário vacinar cerca de 70% da população. Por esse cálculo e a grosso modo, considerando que a população brasileira é de 211,8 milhões de habitantes, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o País precisaria imunizar 148,2 milhões de pessoas no País.
Como é prevista a aplicação de duas doses por pessoa, seriam necessárias 296,4 milhões de doses para o Brasil ter a sua população protegida contra o novo coronavírus.
Grupo prioritário
Conforme o Plano Nacional de Vacinação, pertencem ao grupo prioritário as pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas, pessoas com deficiência institucionalizadas, povos indígenas vivendo em terras indígenas, trabalhadores de saúde, pessoas de 80 anos ou mais, pessoas de 75 a 79 anos, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e povos e comunidades tradicionais quilombolas.
Também estão pessoas de 70 a 74 anos, pessoas de 65 a 69 anos, pessoas de 60 a 64 anos, comorbidades, pessoas com deficiência permanente grave, pessoas em situação de rua, população privada de liberdade, funcionários do sistema de privação de liberdade, trabalhadores da educação do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA) e trabalhadores da educação do Ensino Superior.
Além disso, as pessoas das Forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros, trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário, trabalhadores de transporte aéreo, trabalhadores de transporte aquaviário, caminhoneiros, trabalhadores portuários, trabalhadores industriais.
Devo me preocupar?
Apesar da doença se espalhar rapidamente, como vimos até aqui, se apresenta com um nível de gravidade baixo, sendo que o índice de mortalidade é bem menor do que nas epidemias de coronavírus anteriores. Esse é motivo para se manter calmo mas alerta.
O mundo está enfrentando a segunda onda da doença, com o número de casos confirmados e mortes se acentuando novamente. É recomentado seguir com a atenção mantendo os cuidados básicos, evitando aglomerações, lavando as mãos com frequência, saindo de casa o menos possível, fazendo autoisolamento em caso de sintomas.
Ninguém sabe como o organismo vai reagir no caso de contato com o vírus. O novo coronavírus se mostra traiçoeiro e surpreendente. Não escolhe cor, sexo, idade, faixa social. O melhor mesmo é tentar evitar ao máximo o contágio.
Como se prevenir?
A prevenção contra esse vírus é basicamente a mesma contra qualquer vírus de gripe que estamos acostumados. Devemos manter os mesmos cuidados e hábitos de higiene, que na verdade deveriam ser adotados como padrão e seguidos sempre, exatamente para evitar a transmissão e proliferação de doenças desse tipo.
Lave as mãos com frequência
Lave as mãos com água e sabão regularmente e cuidadosamente. Você pode usar álcool gel também, mas tem que ser o com 70% (70° INPM) ou mais, que possuem a melhor concentração bactericida. Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool mata o vírus.
Mantenha distância de segurança
Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando. Quando alguém tosse ou espirra, pulveriza pequenas gotas líquidas do nariz ou da boca no ar, gotas que podem conter vírus. Se você estiver muito próximo poderá respirar as gotículas contaminadas.
Evite tocar nos olhos, nariz e boca
As mãos tocam muitas superfícies que podem conter vírus. Uma vez contaminadas, as mãos podem transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. A partir daí, o vírus pode entrar no seu corpo e deixá-lo doente.
Pratique a higiene respiratória
Certifique-se de que você e as pessoas ao seu redor seguem uma boa higiene respiratória. Isso quer dizer cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ou um lenço quando tossir ou espirrar. Não esqueça de descartar o lenço usado imediatamente.
Em caso de febre, tosse e dificuldade para respirar
A orientação é de que se você não está bem, fique em casa. Faça o autoisolamento. Preserve a saúde dos seus familiares, principalmente dos idosos. Use máscara e evite compartilhar utensílios de uso comum. Apenas se desloque a uma unidade de saúde em caso de piora no estado, como febre persistente, tosse e dificuldade para respirar.
Devo usar máscara?
Sim. As máscaras passaram a ser recomendadas no decorrer do avanço da doença. Em alguns Estados da Federação seu uso é obrigatório. Se sair de casa para compartilhar ambientes com outras pessoas, use sim a máscara. A máscara é uma forma de nos protegermos e de proteger as outras pessoas.
Como vimos mais acima, no caso de você estar se sentindo mal, com quadro gripal ou resfriado, a orientação é fazer autoisolamento. Neste caso em especial, para preservar seus familiares, é fundamental a utilização de máscara para não transmitir a doença. Em ambientes hospitalares também é recomendado a utilização de máscaras.
A informação é muito importante
Mantenha-se informado sobre o novo coronavírus Sars-Cov-2, causador da COVID-19, e acompanhe as orientações das autoridades.
Certifique-se de acompanhar fontes confiáveis
Essa última recomendação é muito importante, pois é fundamental que todos saibam o que está acontecendo, mas tome cuidado! Existe muita desinformação.
O Ministério da Saúde mantém uma página atualizada na internet com muitas informações e orientações. Você também pode acompanhar o que está acontecendo no mundo por meio do site da OMS, onde são publicadas atualizações frequentes sobre a doença.
O Ministério da Saúde também mantém uma página com o que está circulando de Fake News sobre o novo coronavírus.
Painel Mundial OMS
A Organização Mundial da Saúde – OMS mantém um painel com a situação mundial do novo coronavírus. O painel é atualizado constantemente com o número total de casos registrados, países com casos confirmados, linha de tempo, entre ouras informações.
Na atualização do Painel da OMS na tarde do dia 28/01/2021, o total de casos confirmados do novo coronavírus no mundo era de 100.455.529, com 2.166.440 mortes devido a complicações da doença, o que no momento representa 2,16% do total de casos confirmados.
Painel Mundial Microsoft-Bing
A Microsoft em parceria com o Bing também mantém um painel mundial com a posição da evolução do novo coronavírus no mundo. Os dados parecem ser atualizados de forma mais rápida do que no painel da OMS já que existe uma diferença bastante considerável.
Além de ser um mapa completo similar ao da OMS, o sistema da Microsoft também funciona como um rastreador das principais notícias locais. Também apresenta vídeos de agências de notícias do mundo.
As informações indexadas vem de várias fontes, como da própria Organização Mundial da Saúde – OMS, como do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA – CDC, Centro Europeu de Controle e Prevenção e Doenças – ECDC, e a enciclopédia colaborativa online Wikipedia.
Conforme a última atualização do Painel da Microsoft apurada pelo EuPOSSOmudar, na tarde de 28/01/2021, o total de casos confirmados do novo coronavírus no mundo era de 101.211.750, com 2.183.169 casos fatais devido a complicações da doença COVID-19, o que no momento representa 2,16% do total de casos confirmados conforme o rastreador da Microsoft, índice que vem caindo.
Situação no Brasil
O número oficial de casos confirmados, informados até às 22h de 27/01/2021 pelo Ministério da Saúde, é de 8.996.876. Na mesma data, o registro de óbitos oficiais em decorrência das complicações da doença COVID-19, subiu para 220.161, o que representa uma taxa de letalidade de 2,4% no Brasil, marca que vem caindo.
Importante registrar que na mesma data, o número total de recuperados da doença no Brasil chegou a 7.877.337, o que representa 87,56% do total de casos confirmados.
O Painel Coronavírus do Ministério da Saúde pode ser acessado aqui.
Ações Ministério da Saúde
Entre as ações do Ministério da Saúde para contenção da doença também está uma campanha informativa sobre o novo coronavírus. Abaixo, vídeo informativo que faz parte das iniciativas. Também está disponível para a população o Disque Saúde por meio do número 136.
Como fazer máscara de pano
Cuidados com a máscara de pano
OMS declara pandemia do novo coronavírus Sars-Cov-2
Em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde – OMS, declarou pandemia do novo coronavírus Sars-Cov-2, causador da doença denominada COVID-19.
Conforme a OMS, a doença vai continuar se espalhando e o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos vai aumentar nos próximos dias e semanas.
Os diretores ressaltaram que a declaração não muda em nada as orientações divulgadas até então, e que os governos devem seguir com o foco na contenção da circulação do novo vírus.
Roylab Stats
No YouTube, o Canal Roylab Stats faz a apuração dos dados básicos em relação a pandemia do novo coronavírus em tempo real. Apurando dados oficiais e também contando com a ajuda de voluntários espalhados pelo mundo, está transmitindo ao vivo sem interrupções desde 30 de janeiro.
Além do número total de casos confirmados, de óbitos e de pessoas recuperadas no mundo, com informação por país, o canal apresenta também manchetes de últimas notícias e gráficos ilustrativos.
Acima está incorporado ao nosso site o vídeo em transmissão ao vivo. Para uma visualização melhor, abra em telas maiores, como no computador ou ainda na TV.
EuPOSSOmudar em alerta
Essas são as principais informações que você precisa saber sobre o novo coronavírus Sars-Cov-2, causador da doença de nome COVID-19. Fique atento, siga as orientações sobre prevenção. Se resguarde. Se possível fique em casa.
Esse é um assunto que não se esgota aqui, muito pelo contrário, com certeza muitas informações novas surgirão. Estaremos em alerta e atualizaremos essa publicação conforme novas informações importantes forem surgindo.
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IMAGENS:
Destaque: por geralt de Pixabay
2 – Imagem (mulher oriental de máscara): por geralt de Pixabay
3 – Imagem (mãos sendo lavadas): por jackmac34 de Pixabay